Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
No interior da igreja da Bajouca
O tempo de Natal termina com a festa do Baptismo do Senhor, no domingo a seguir ao da Epifania. Até então todos os enfeites montados no lar ou na rua para recordar e festejar o nascimento de Jesus, podem e devem manter-se expostos. As imagens do Menino, de Maria e José, no presépio; a árvore, pinheiro, natural ou artificial, são adornos que com a estrela, as luzinhas e até o "pai natal" nos recordam a quadra e a festa grande das famílias cristãs.
O meu presépio de aldeia
Como se sabe, embora hajam provas que remontam ao século III - gravuras encontradas nas catacumbas de São Sebastião, em Roma - atestando que já então os cristãos celebravam o nascimento de Jesus, só a partir da encenação deste evento por iniciativa de São Francisco de Assim, no século XIII, é que surgiu a ideia de modelar e construir imagens alusivas ao presépio do Natal. Primeiro em barro e madeira, depois nos mais diversos materiais que o artista inspirado no presépio possa usar.O que iniciamente foi privilégio de casas ricas e palácios não tardou a popularizar-se e universalmente entrar na tradição do lar cristão. Qual a família cristã que não recorda a festa de Natal com um sinal alusivo ao nascimento de Jesus? Por mais modesto e singelo que que seja é sempre um testemunho de fé; e esta, com a esperança e a caridade, são a nossa mais valia como cristãos de uma só peça.
Presépio da ti Idalina
No domingo, dia 2, depois de almoço fui ao Café Sousa e, como de costume, além do cafezinho conversar com amigos ali presentes. A certa altura surgiu, no grupo, a ideia de fazer uma visita ao meu presépio...Foi dito e feito, só bastou atravessar a estrada e entrar em casa. Quando supunha ficar o resto do dia sossegado à lareira, com a esposa, surge o force para visitar o presépio e mansão da ti Idalina (do Agho. Ferreira). Bem, além do presépio, os pinhões e o rose da sua lavra no quintal, valeram pelo dissabor que o Dragão me deu, perdendo com o Marítimo!!!
Mansão e quintal da ti Idalina
Agora é a Arménio Sarradela a impor que se vá também a sua casa "adorar" o presépio dele e da Madalena. Assim se cumpriu.
Presépio do Arménio Sarradela
E assim terminou nesse dia a visita aos presépios de interior, com o Arménio e a Madalena a mostrarem um vídeo de familia às visitas, e as visitas a sujar copos do armário. Só os homens, elas... só nos temperos....
Cúpula do Exercito Azul, em Fátima
Volto aos Presépios de Rua, em Fátima, para registar que o vencedor do respectivo Concurso foi a Associação de Artistas e Artesãos de Fátima, segundo o jornal O Mirante. Parabéns.
Presépio de Rua que omiti em post à volta do mesmo tema noutro blog.
Também de realçar o empenho por parte de algumas casas de artigos religiosos da Rua Francisco Marto em adornar as suas montras com belos e ricos presépios de interior, associando-se assim ao evento. Dois exemplos:
De todas as simbologias usadas para recordar o Natal, nenhuma substitui o presépio que São Francisco de Assis inspirado na gruta de Belém deu a divulgar no ano de 1223, quando em lugar da tradicional celebração do natal na igreja, festejou a véspera do Natal com seus irmãos e cidadãos de Assis, na floresta de Greccio. A São Francisco, portanto, se deve a ideia de começar a divulgar e criar figuras em barro que representassem o ambiente do nascimento do Menino Deus, dando assim origem ao Presépio do Natal. Tradição espalhada hoje por todos os cantos da terra e que com mais ou menos empenho os cristãos valorizam e festejam. Na Bajouca vem sendo tradição ser o grupo de jovens Alfa quem chama a si o encargo de fazer o presépio da comunidade paroquial e o local escolhido recai no palanque anexo à torre de Santo Aleixo, no adro da igreja. Um ou dois meses antes do Natal esse grupo de jovens organiza-se e vai de, nas horas livres e de descanso, empregar seu tempo na morosa construção da obra que na noite de Natal quer ver apreciada pela comunidade bajouquense e dos muitos visitantes que de fora ali se deslocam durante a quadra festiva como admiradores.
Após a Missa do Galo, que teve inicio às 22h30, o Sr. Padre Abel acompanhado de muitos fieis, como ele e o diácono João Evangelista, indiferentes à chuva e frio que nessa hora se fazia sentir, dirigiu-se para fora da igreja afim de benzer e inaugurar o presépio este ano menos ornamentado, mas também muito mais realista. Gostei e os muitos outros visitantes creio que também.
Cena recolhida já dias depois da noite de Natal, no interior do respectivo Presépio da Bajouca. Não era a primeira vez, mas uma evidência maior do barro leiriense numa terra de artistas oleiros seria como ouro sobre azul e com isso só ganhava a industria e o artesanato bajouquense, e por arrastamento o turismo regional.
Foto sacado da porta da igreja paroquial, se as figuras que no exterior adornam o presépio fossem maiores por certo constavam nesta foto. Há que recorrer aos oleiros e demais artistas locais e, pô-los a dar corpo ao presépio bajouquense, com alma de gente jovem.
Terminada a tarefa da noite de Natal, alguns dos principais obreiros do Presépio, jovens do grupo Alfa, foram convidados a beber um "porto" na casa de um filho adoptivo da Bajouca que tem especial admiração pelo generoso voluntariado desta juventude. Brindei com eles.
Também o Sr. Padre Abel apareceu ao encerrar dum convívio familiar e rodar da noite de Natal.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.