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Por azar meu, vou perder mais um daqueles fins de semana especiais que a Bajouca arranja para deliciar quem visita a capital do barro leiriense. Desta vez é o Grupo Alegre e Unido (GAU) o promotor da jornada, que com inicio na próxima Sexta-feira, dia 29, decorre até domingo, dia 1 de Julho. Mas é no sábado, dia 30, que quem gostar de musica, artesanato e da culinária bajouquense não pode ficar em casa logo a partir das 14h30. E há que marcar lugar no Olival da Paróquia, frente à igreja, pois às 21hora, começa o XXI Festival Nacional de Folclore, com os seguintes agrupamentos:
Rancho Folclórico GAU ( o anfitrião) - R da Alta Estremadura
Rancho Folclórico de Avis - Região do Alentejo
Rancho Folclórico "Os resineiros" de Alcaravela - Região dos Templários
Rancho Folclórico das Lavadeiras da Lixa - Região de Entre Douro e Minho
Grupo Folclórico de Torre de Bera, Coimbra - Região da Beira Litoral
Já que não posso, aproveitem os meus amigos e quem de folclore souber observe com atenção os representantes do folclore da Beira Litoral e digam-me lá depois se não tem semelhanças com o da Bajouca. Não deve ter sido por acaso que o bajouquense padre Jerónimo se dizia beirão....
Quem nasceu na década de 30 do século passado teve uma juventude em que as festividades tradicionais do país afrouxaram o acostumado brilhantismo com que habitualmente eram ornamentadas. Saiu-se de uma Guerra Mundial, e logo outra semelhante surge e nos faz a vida cara. Isto para dizer que festas populares, como as de Santo António, São João e São Pedro, foi já em rapaz maduro que as presenciei. A primeira foi em Fermil de Basto, com cascatas em movimento, e depois um São João, no Porto, onde martelinhos plásticos ainda não havia, e só o alho porro era rei. Fogueiras, não me recorda de ver, nesta quadra festiva, senão agora que tenho passado a data em terras de Santo Aleixo da Bajouca e partilhado dos seus usos e costumes.
A fogueira do dia de 24 de Junho, tornou-se pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João, o santo celebrado nesse mesmo dia. Que dizem os entendidos é uma herança que faz parte da antiga tradição pagã, de celebrar o solstício do Verão.
Na Bajouca a tradição está enraízada e festeja-se com animação, quer em comunidade ou mesmo em separado, por lugares. Com uma equipa de dinâmicos bajouquenses sempre disponíveis para dar a sua generosa colaboração, uma vez mais a Bajouca Centro deu cartas no festejar de uma tradição que se mantem viva em terras de Santo Aleixo.
O casal dos Afonsos foi o lugar escolhido para uma sardinhada à maneira que culminou com o tradicional saltar a fogueira, alimentanda por rosmaninho e ervas de São João. Parabéns a quem manhã cedo o foi apanhar aos pinhais, e o acarretou até ao casal dos Afonsos, bem como a todos quantos colaboraram na dinamização desta festa - convívio que também é festa cultural, pois se apoia numa tradição popular. O resto as fotos fazem o esboço, que o sono me não deixa fazer.
De tanto saltar a fogueira, até a máquina ficou turba. Ou terá sido do fumo do rosmaninho? O mais certo será do sono, pois a festa prolongou-se.
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