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Foi bonito! De Timor-Leste, veio à terra-berço festejar os 25 Anos de Vida Sacerdotal, o franciscano capuchinho, frei Fernando Alberto Pedrosa. Para assinalar e festejar o evento, além da solene eucaristia, houve também uma feijoada à Bajouca, no olival da paróquia, que o mestre Lino confeccionou, e que diga-se de passagem não fica a dever nada ao tradicional carneiro.
Com uma actividade missionária muito alargada e abrangente o seu labor é já reconhecido em terras de além fronteiras como Angola, Cabo Verde e Timor sendo prova disso as mensagens recebidas e a presença na Eucaristia e no almoço-convívio de colegas de Angola, Cabo Verde e Timor que ao evento se quiseram associar.
No decorrer do momento reservado ao tempo de oração o Padre Fernando convidou os frades seus irmão ali presentes a subirem ao altar afim de cantarem uma canção em dialecto timorense.
O vídeo registou esse momento
Já no olival da paróquia, os Frades Capuchinhos esperam pela hora do almoço que o Lino está a aprontar
Também o Sr. Padre Fernando, com uma espécie de estola ao pescoço, insígnia tradicional timorense, aguarda a chegada dos conterrâneos e amigos para esta confraternização
Como sempre nestes eventos o povo da Bajouca ultrapassa todas as expectativas e até nisto as surpresas acontecem. Para a feijoada estavam inscritos cerca de duas centenas de comensais, mas entretanto o mestre Lino, já habituado a estas funções, dobrou a doze, e foi a sorte dos que não se tinham escrito e apareceram. Só assim chegou para todos. Mas podia não chegar.
Até de Lisboa foi gente propositadamente para se associar ao evento
Notam-se e vão ficar para as próximas festas de Santo Aleixo as estruturas que serviram para este convívio
A equipa de voluntários que serviu na cozinha
O mestre Lino de barrete branco nos seus temperos.
Com 90 anos o Sr. Padre Benjamim veio com outro de Angola dar o seu fraternal abraço ao Frei Fernando
Aqui a Zé João e Fernanda sempre na primeira linha
Um quadro digno de exaltação, com a Irmã Célia Cabecinhas junto de sua mãe, e doutra mãe, também com uma filha missionária, no México. E claro, o Frei Fernando Pedrosa, missionário em Timor-Leste! Onde primeiro missionou, o bajouquense padre Jerónimo.
Fico encantado sempre que dou comigo em terra que visito pela primeira vez, e se nela encontro algo que me desperte o sentimento bairrista com que fui presenteado pelo Criador, logo procuro deliciar-me na contemplação desse seja o que for. Assim aconteceu no sábado, dia 21, quando da Bajouca fui parar à Almagreira para assistir ao casamento de um jovem bajouquense que aquela freguesia de Pombal foi buscar uma simpática almagreira. Convidado pelos pais do Daniel para a boda do filho, manhã cedo lá me apresentei no alpendre já meu conhecido para com os demais convidados ajudar a limpar a mesa e afiar os dentes. Barriga cheia, cortejo formado, por volta das 11.00h aí vamos todos Bajouca fora em demanda de Almagreira, com o noivo na dianteira, pois ninguém melhor para nos levar à terra onde ele caçou a Silvia
Se em termos paroquiais é suposto ser mais antiga, como freguesia civil é relativamente nova, desde 26 de Junho de 1867. Dela se diz que “nos tempos de D. Dinis era uma terra coberta por um denso matagal, o que levou o monarca a dividir o território da actual freguesia em dez colonatos que foram entregues a cultivadores directos que passariam a ser denominados de almagreiros".
A ser verdade que de facto "nesta freguesia possuiu uma quinta o célebre historiador João de Barros e na capela desse lugar esculpida na verga da porta, ainda se guarda uma inscrição de 1671" deixa imaginar que se trata de terra importante, que quanto a mim cedo deve ter merecido os bons préstimos dos Gracianos, sabido que na região de Pombal essa ordem teve muito mais influencia do que os Templários a quem o Turismo reservou uma rota. Restam também "do final desse mesmo século as duas imagens que existem na igreja, representando Santo António e Santo Amaro. São de madeira, estofadas e pintadas, assentes em duas mísulas". Aqui o Santo Amaro parece estar apontar com o dedo maior da mão esquerda não sei para quem, nem com que sentido.
A igreja paroquial sem altares laterais e o interior de uma só nave, coberto de um tecto de esteira, como o da capela-mor, foi restaurada em 1930 e posteriormente beneficiada com obras de conservação. Simples mas acolhedora, ao gosto de uma população muito laboriosa e cristã.
Ou não fora ter, como tem, Nossa Senhora da Graça por padroeira sua e da freguesia! E aqui a razão do meu encanto e redobrada alegria quando me soube na terra onde o autor da "Geografia D'Entre Douro e Minho", João de Barros, teve quinta, pois na sua obra faz referência ao Monte Farinha, lugar bem meu familiar onde também o culto a Nossa Senhora da Graça é muito antigo.
Mas voltamos ao que aqui nos trouxe, o casamento do Daniel com a Sílvia; casamento que foi confirmado pelo Sr. Padre Jacek Baginski, um sacerdote polaco do Verbo Divino que foi professor do noivo, em Tortosendo, e nesta ocasião é pároco em Nisa. Outra coincidência e surpresa para mim: foi a do padre Jacek estar a paroquiar uma freguesia cuja padroeira é também nossa Senhora da Graça, e como na minha terra, Vilar de Ferreiros - M. de Basto, haver um belo santuário, com fabuloso miradouro que visitei em Novembro ultimo e divulguei em Portugal, minha terra, a 29 desse mês. Eu perco-me a falar de Nossa Senhora da Graça.
Quem não se perdeu e aproveitou a boleia para festejar, foram os pais da Sílvia que no mesmo dia que levaram a filha ao altar completaram 50 Anos de casados, um excelente exemplo para o benjamim casal e para todos os casais do mundo que se comprometem a formar um lar cristão. Foi mais um trabalho extra para a Sr. Padre Jacek abençoar.
Este é o momento em que homem e mulher passam a ser um só corpo e uma só carne. Na sacristia fica apenas o registo nos livros paroquiais, mas o enlace dá-se por amor junto ao sacrário.
A parte ajardinada do adro é convidativa para as fotos em grupo, mas a Quinta do Ti Lucas também tem espaço apropriado para o efeito, e além disso o lauto e prolongado almoço de boda estava lá à espera dos convidados.
Agora no role dos casados, todo vaidoso o Daniel parte com a Sílvia para uma vida nova que fazemos votos seja longa e feliz com muitos filhinhos pelo meio, e resistentes como este cadillac, que creio de 1961, já pronto para seguir até Vale Coimbra.
E cá estamos todos na Quinta do Ti Lucas e a ser tratados como príncipes, e se não há cuidado a pecar gravemente contra o pecado da gula.... Uma casa que serve com qualidade e abundância, mas que não trabalha de graça....
Não enganei e cá temos no jardim da Quinta do Ti Lucas o jovem casal rodeado pelos pais do Daniel e de familiares por parte do pai: tios, irmãs, cunhados e primos.
A distinção faz-se realçar no bem servir
E a alegria nota-se neste vídeo
Enquanto uns consultam o cardápio, outros estão a coscuvilhar o que se passa ao lado. Mas nos casamentos é mesmo assim.
Muita juventude e muita alegria. Gostei. Os meus parabéns à Madalena e ao Arménio que sabem festejar com dignidade os momentos importantes da família. Mas festas deste género, adeus alpendre! Acabaram-se....
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