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Hoje havia, aqui perto da Bajouca, motivo forte para não arredar pé desta zona. A Volta a Portugal em Bicicleta era um deles, com “Conta Relógio” entre a Praia do Pedrógão e Leiria. Mas nem isso foi o suficiente para recusar um convite a visitar a Pia do Urso, com passagem por Fátima e participação na Eucaristia das 11:00h, na igreja da SSTrindade.
Depois da Missa, a que presidiu o reitor do Santuário, o distinto bajouquense, Sr Padre Carlos Cabecinhas, foi a visita à capelinha das Aparições, para saudar a Mãe Santíssima e pedir a sua protecção.
Despertado pelo gosto de ver e conhecer o Portugal de Sonho, em que dois casais de sobrinhos meus são peritos, lá fui, uma vez mais, pendurado no David da Helena e no Virgílio da Saozita; hoje, para nas proximidades de Fátima, mas já no concelho da Batalha (São Mamede), visitar um daqueles espaços que por ignorância, muitos portugueses trocam pelo que não é nosso. Que quem não sabe, fique a saber; e não se fique só pelo saber de ouvido... : "Local carregado de história, a Aldeia da Pia do Urso oferece aos visitantes uma paisagem natural verdadeiramente deslumbrante, onde poderá apreciar também o magnífico trabalho de restauro das habitações típicas desta região serrana, em que a pedra e a madeira se constituem como os principais materiais utilizados.
Nesta aldeia recuperada, está também instalado o primeiro ECOPARQUE SENSORIAL destinado a Invisuais de Portugal. Um conceito inovador, que pretende levar até estes cidadãos a possibilidade da apreensão do meio envolvente que os rodeia utilizando, para o efeito, os restantes sentidos, particularmente o tacto e o olfacto. Esperamos que todos - sem excepção - desfrutem deste lugar mágico e ancestral, de seu nome Pia do Urso".
Façam como eu: desçam até às primeiras casas.
Entrem dentro de uma das primeiras, ela está assinalada: Piadussa-restaurante.
Eu pedi "chanfana", e que bem servido fui.
Pessoal competente e simpático, sob regência deste sr. proprietário.
Após a saída, uma visitinha, com direito a sessão de slides, ao posto de turismo e museu, que a CM da Batalha ali mantém, noutra casa vizinha.
Uma das montras expostas no museu local
Com o estômago satisfeito, a mente com alguma informação etnográfica acabada de recolher, agora sim: vamos em circuito percorrer o trajecto que muito bem traçado e assinalado nos leva a conhecer este local de sonho que só hoje visitei. Mas já me assumo cliente.
Daqui parte a água que faz mover a azenha (roda)
Espaço de desporto e distracção
No percurso, muitos são os animais representados em barro, madeira e pedra, alusivos à fauna tradicional desta aldeia aberta ao turismo rural.
Já no regresso do monte, em direcção ao parque de estacionamento da aldeia.
Aqui, sentado frente à sua habituação, o pai de D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra
Despedida e regresso à Bajouca
Com passagem e paragem na Batalha
e com a graça de Santa Maria e respeito por São Nuno, mais uma jornada em beleza.
No dia 15, aqui na Bajouca, Santo Aleixo cedeu as honras da sua jornada festiva a Nossa Senhora, pois nesta data é festejada a Assunção, em corpo e alma, da Virgem Santa Maria ao céu, após sua morte. É, hoje, um dogma de fé cristã, e dessa feita "nenhum católico poderá negar que a Virgem Mãe de Deus foi elevada ao céu em corpo e alma". De Tortosendo, desceu à sua terra-natal o Sr. Padre Soares, do Verbo Divino, que a convite do padre Abel, pároco da freguesia, presidiu à Eucaristia desse dia, às 14:30h, coadjuvado pelo respectivo titular, e do diácono João Evangelista.
Um coro muito bem ensaiado, abrilhantou a solenidade eucarística que culminou com uma procissão que como a Santa Missa também muito participada. Depois foi o leilão de oferendas, e uma tarde cultural e recreativa, o habitual nas festas da Bajouca.
Na tarde cultural e recreativa, um adro abarrotar.
A Orquestra Filarmónica de Santo Aleixo abriu o cardápio, e a seguir o folclore, com o bajouquense GAU e o seu similar Cossacos do VOLGA-Samara-Russia, a merecerem os aplausos dos muitos apreciadores.
E muitos foram os elogios
Com gente de todas as idades, atenta ao desenrolar do espectáculo
Ao lado a quermesse, também muito afreguesada
Aqui muito pessoal já à sombra das oliveiras, juntinho do restaurante.
Duas bajouquenses, da diáspora, amigas e colegas de profissão, encontram-se e conversam animadamente.
Atento, aproveitei para fotografar o interior da cozinha
E em simultâneo tirei mais uma fotografia ao refeitório do Olival.
Chama-se a isto, saber aproveitar o tempo: para uns é dançar, para estes é comer, ao som da música.
Fui mais tarde, noutra rodada, e curiosamente na mesma mesa em que me assentei se assentou também um casal que no dia anterior prometeu voltar, pois o carneiro à Bajouca tinha se esgotado nesse dia. (ver post BAJOUCA, noblog: http://aocorreredapena.blogs.sapo.pt.= Na retaguarda). Recordamos o episódio, e fiquei a saber que o casal é de Santiago da Guarda.
Este domingo não contava almoçar fora de casa, mas "quando menos se espera é que elas acontecem", foi o caso. De visita à casa mãe, ao casal dos Afonsos, o nosso Carlitos, Sr. Ten-Coronel Afonso, encontrou-me casualmente no fim da missa dominical das 09:00h, e logo vem o convite para com ele almoçar. Não hesitei e, como combinado, às 12:30h eis-me no alpendre da ti Beatriz pronto para dar ao dente, foi só atravessar o olival paroquial.
É sempre com muita alegria que tomo parte nestes convívios familiares e quando como neste caso aparecem de surpresa, o grau de satisfação aumenta.
Depois aquela mistura de carne de vaca com a de porco ( ou vice-versa) estava uma delicia, até os ossos apeteciam roer. E o pão, que até parecia de Mafra! Tudo a juntar ao sabor dos produtos da sua horta bajouquese e da arca sempre bem recheada com amanhos caseiros abre mais o apetite.
Belo almoço, e em boa companhia familiar, muito amiga e muito unida.
Terminado o almoço foi o cafezinho no Sousa e depois a dispersão. Uns para a praia e outros até às Lameiras para dar os parabéns ao ti Manuel Afonso que no passado dia 3 fez 90 anos, e hoje festejou. Também daqui o meu abraço de parabéns. Não fui, mas mandei representante. Em contrapartida fui a Fátima, integrado numa embaixada de bajouquenses, chefiada pelo Sr. Padre Abel, levar o meu abraço ao Sr Padre Virgílio, que se encontra na Casa Diocesana do Clero a recuperar de uma intervenção cirúrgica. Da visita recolhi além do mais, a foto de um ilustre sacerdote, ali também residente, que com 93 anos é conhecido, na diocese de Leiria, e muito respeitado, pelo nome de Sr. Padre Gaspar. É irmão mais velho do Sr Padre Virgilio, e pediu-nos que rezássemos pelas melhoras do mano. Que maravilha, o encontrar em nossos dias esta ternura fraternal !
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