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A 21 de Julho de 2008, para dar os parabéns ao “Tio Manel” cujas charadas me habituei a ler no Elo da Bajouca, escrevi no meu blog, Na Retaguarda: “Há já algum tempo que as charadas do " Tio Manel" deixaram de fazer parte do reportório mensal do ELO, e nas quais eu me deliciava no rebuscar conhecimentos que a memória prodigiosa do autor me convidava a fazer!. Embora colaborador do Elo e amicíssimo do seu Director, nunca me atrevi a perguntar quem era o seu autor. Entretanto acabei por descobrir, quando num certo domingo, no fim de missa, o Sr. Manuel Afonso se demorou um pouco mais na brincadeira comigo, e se descaiu dizendo que de vez em quando também mandava qualquer "coisita" para publicação”. Não foi preciso mais nada, as Charadas eram do ti Manuel Afonso !!! Um grande amigo do ELO, da Bajouca, e do AMIGO DO POVO, de Coimbra. Ainda a propósito deste saudoso bajouquense, que agora nos deixou, comentei em blog, de 05 de Agosto de 2012: “Uns para a praia e outros até às Lameiras, para dar os parabéns ao ti Manuel Afonso que no passado dia 3 fez 90 anos, e hoje festejou. Também daqui o meu abraço de parabéns. Não fui, mas mandei representante”. Do que acerca deste saudoso bajouquense destaquei, comentou o insigne historiógrafo minhoto Jofre de Lima Monteiro Alves: “É de gente deste quilate que se faz a nossa memória geracional e colectiva, e os pilares da nossa sociedade rural. Boa semana, com tudo de bom”. Bajouquense de alma e coração, descendente e continuador das mais destacadas famílias da capital do barro leiriense, e terras ao redor, o Sr. Manuel Afonso era viúvo de D. Maria Pereira, não há muito falecida, pais muito dilectos da Lucinda, Luzia, Maria Rosa, Prazeres; do Fernando, do falecido Henrique, e do Manuel Afonso.
Nascido, a 03 de Agosto de 1922, o Sr. Manuel Afonso deixou-nos tristes e saudosos, no sábado, dia 30 de Agosto, ao partir em paz para aquela viagem que mais cedo ou mais tarde todos temos que fazer. O seu funeral que constituiu uma verdadeira manifestação de pesar, realizou-se no domingo, dia 31, para o cemitério da Bajouca às 17h30, após missa de corpo presente concelebrada por vários sacerdotes, a que presidiu o pároco, Sr. Padre Abel, e a homilia esteve a cargo do Sr. Padre Soares, afilhado do defunto. Um funeral alegre, rezado e, com artista de fina e rica voz, cantado, como alegre foi a vida deste saudoso extinto que honrou as origens ora como imigrante que foi na Alemanha ou na terra a cuidar do cultivo das hortas e da vinha onde tinha gosto da boa produção fazer alarde.
A toda a família em luto, os meus sentidos pêsames, que dirijo em particular aos filhos, mas também aos netos que ele muito amava, e eles souberam corresponder ao desfilar no cortejo fúnebre do avô.
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