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Mês de Maria

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 03.06.11

         A consagração do "mês das rosas" a Nossa Senhora é muito antiga, mas ganhou força à ronda do ano em que a Igreja por decreto de Pio IX declarou o culto à Imaculada Conceição como dogma de fé, a 8 de Dezembro de 1854. Essa devoção carinhosa para com Nossa Senhora aumentou em Portugal após as Aparições de 1917, na Cova da Iria. Hoje rara é a paróquia portuguesa que durante o mês de Maria além de honrar Nossa Senhora com um terço ou rosário recitado diariamente em comunidade, não aproveite também para encerrar o mês com um acto muito mariano e festivo. Tipo daquelas "Romarias" tanto do agrado de São Josemaria Escrivà   

 

         A Bajouca é uma dessas paróquias dedicadas e generosas, das que amam de verdade aquilo em que acreditam e que por isso a tradição ali é força de lei. No passado dia 29, o ultimo domingo de Maio, festejou-se o encerramento do mês de Maria. Nunca tinha assistido a este evento já tradicional na Bajouca, uma vez que calha sempre no 4º domingo do mês e eu por norma costumo ir a Fátima nessa data integrado na peregrinação do Clube Novo Horizonte de Lisboa que coincide também com a peregrinação anual da Diocese de Portalegre/Castelo Branco. Este ano quebrei a tradição e por mero acaso assisti a mais uma daquelas festas que os bajouquenses sabem fazer com empenho e generosidade.

          Com um programa simples,mas muito rico e substancial, aconteceu: às 14h15, deu-se a recepçao às imagens peregrinas de NS de Fátima que nos diversos  nichos da paróquia habitam, acompanhadas das tradicionais ofertas de Maio, com a participação da Banda da SAMB. Para depois às 14h30 ter lugar a Missa solene que o Sr. Padre Abel celebrou.

 

           No fim da Eucaristia que o grupo coral da paróquia e do organista Carlos Afonso abrilhantaram, procedeu-se a uma curta procissão com os andores das imagens peregrinas de  Nossa Senhora, e também a de Santa Cecília, padroeira dos músicos, e que a SAMB venera na sua sede. Procissão que São Pedro quis fosse regadinha, pois tradição é também um Maio com chuva, que na minha terra transmontana de Basto até se dizia: "Fraco é o Maio que não rompe uma crossa"   

           Resultado: o convívio e venda leiloada das ofertas que marcado para as 16h00 no olival da paróquia acabou por se fazer no Salão Paroquial. Tudo porque o tempo não ajudou, embora disso não dê a entender este vídeo que alude ao inicio da procissão.  

 

          Mais esclarecedor e sugestivo é este 2º vídeo que nos revela a fraqueza humana quando confrontada com as Forças da Natureza. Por vezes basta uma chuvada... mais  forte para nos desviar da rota que Deus nos traçou....Aqui foi quase de  repente, mal a procissão saiu a trovoada atacou e todo o  mundo procura abrigo.  

 
          Também o concerto da Banda da SAMB marcado para as 17h00 no olival teve de ser dado no Salão e como sempre muito apreciado por um publico amante da boa música e dos valores culturais da sua terra. Também a Banda sabe ser agradecida e por isso todos os serviços prestados na freguesia são a "custo zero", isto porque "uma mão lava a outra" e não é por mero acaso que o ultimo Desfile de Carnaval, na Bajouca, rendeu  € 5514,94 e que logo foram direitinhos para a ajuda da compra desta  carrinha.    

 

          Alegres e bem dispostos os bajouquenses afluiram ao Salão onde as ofertas de Maio foram leiloadas e bem picadas sempre com o objectivo de servir a comunidade. E no fim houve concerto!   

          E aqui temos nós os artistas que sob direcção de um maestro muito dedicado e sabedor alegraram e animaram em tarde chuvosa o encerramento do Mês de Maria na freguesia e paróquia de Santo Aleixo.

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publicado às 08:14


Carências que afectam Balasar

por aquimetem, Falar disto e daquilo, em 16.05.11

 

      Com um grupo de amigos e devotos de São Josemaria Escrivá passei o ultimo fim de semana na Casa-Escola Agrícola do Bombarral, "As Palmeiras", onde no meu "retiro" tive presente...entre outras, as amizades que me ligam a esta simpática região fruteira e vinhateira do Oeste. Delmar Carvalho e o meu conterrâneo José Luciano - bem conhecidos da imprensa regional -, a quem não tive oportunidade de dar o meu abraço pessoalmente, foram ali recordados e neste mês de Maria, a Ela os recomendei. Ali me veio também à mente imagens associadas à peregrinação que na semana anterior tinha feito com um grupo de peregrinos da Mensagem de Fátima e a que já fiz referência no blog: Ao sabor do tempo = http://aquimetem2.blogs.sapo.pt/. É dessa peregrinação que volto a falar, agora para com mais pormenor descrever os locais então visitados.    

     Começamos por Balasar, uma freguesia da Povoa de Varzim, afastada da sede do concelho cerca de 12 km, no sentido Povoa/Famalicão. Consagrada a Santa Eulália, nesta freguesia nasceu ( a 30 de Março de 1904), viveu e morreu a "Santinha de Balasar", a miraculosa Alexandrina Maria da Costa  que o agora também beato João Paulo II  beatificou, em Roma, a 25 de Abril de 2004.   

       Duma queda que deu aos 14 anos, em 1918, para como Santa Maria Goreti defender a sua virgindade, resultou uma paralisia que se foi agravando até 1925, data em que ficou definitivamente acamada, durante 30 anos. A jovem Alexandrina que ainda sonhou vir a ser missionária, acabou por descobrir que  Deus já a tinha predestinado para outra tarefa, a de na terra ser da Eucaristia mensageira e devota zeladora. Por sua iniciativa passou a viver, entre 1938 e Março de 1942, os sofrimentos da Paixão de Cristo, com movimentos e gestos, repetia ao longo de 3 horas e meia os momentos da Via Crucis . 

 

       Nesta casa onde sofreu o acidente e viveu até ao seu falecimento, em 13 de Outubro de 1955; a Santinha de Balasar tornou-se conhecida do país inteiro, mormente da sua região e de toda a arquidiocese bracarense. O fenómeno de viver sem se alimentar, e a sua devoção à Sagrada Eucaristia e ao  Imaculado Coração de Maria foram muito badaladas e cuja ressonância irradiou terra fora.  

 

       Foi neste quarto que a partir de 27 de Março de  1942 até 13 de Outubro de 1955, a beata Alexandria de Balasar, deixando de se alimentar, viveu durante 13 anos sem outra alimentação senão a da Comunhão diária. Fenómeno que foi verificado e comprovado por especialistas logo,em 1943, quando internada no Refúgio de Paralisia Infantil, da Foz do Douro, o grupo de médicos dirigidos pelo Dr. Henrique Gomes de Araújo após uma vigilância de 40 dias a verificar a inédia, asseguravam: que era "absolutamente certo" que durante aquele tempo não tinha comido, bebido, defecado ou urinado. 

 

        Segundo noticia da Agência Ecclesia, Balasar prepara-se para vir a ter o primeiro Santuário Eucarístico de Portugal, e essa é também a vontade e o desafio do pároco de Balasar que adianta: " todos os domingos muitos peregrinos vindos de vários pontos da arquidiocese, e mesmo do país, aqui se deslocam para adorar o Santíssimo Sacramento. Não vêm para fazer turismo, vêm para fazer oração. Já existe terreno para o efeito e devotos para colaborar no obra que tanta falta faz neste mundo de cabeças fora do sítio...onde também para além da pequenez do adro para em silêncio se fazer ali as Procissões Eucarísticas, a componente rodoviária é outra das evidentes carências que afectam Balasar.    

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publicado às 16:54


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