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A consagração do "mês das rosas" a Nossa Senhora é muito antiga, mas ganhou força à ronda do ano em que a Igreja por decreto de Pio IX declarou o culto à Imaculada Conceição como dogma de fé, a 8 de Dezembro de 1854. Essa devoção carinhosa para com Nossa Senhora aumentou em Portugal após as Aparições de 1917, na Cova da Iria. Hoje rara é a paróquia portuguesa que durante o mês de Maria além de honrar Nossa Senhora com um terço ou rosário recitado diariamente em comunidade, não aproveite também para encerrar o mês com um acto muito mariano e festivo. Tipo daquelas "Romarias" tanto do agrado de São Josemaria Escrivà
A Bajouca é uma dessas paróquias dedicadas e generosas, das que amam de verdade aquilo em que acreditam e que por isso a tradição ali é força de lei. No passado dia 29, o ultimo domingo de Maio, festejou-se o encerramento do mês de Maria. Nunca tinha assistido a este evento já tradicional na Bajouca, uma vez que calha sempre no 4º domingo do mês e eu por norma costumo ir a Fátima nessa data integrado na peregrinação do Clube Novo Horizonte de Lisboa que coincide também com a peregrinação anual da Diocese de Portalegre/Castelo Branco. Este ano quebrei a tradição e por mero acaso assisti a mais uma daquelas festas que os bajouquenses sabem fazer com empenho e generosidade.
Com um programa simples,mas muito rico e substancial, aconteceu: às 14h15, deu-se a recepçao às imagens peregrinas de NS de Fátima que nos diversos nichos da paróquia habitam, acompanhadas das tradicionais ofertas de Maio, com a participação da Banda da SAMB. Para depois às 14h30 ter lugar a Missa solene que o Sr. Padre Abel celebrou.
No fim da Eucaristia que o grupo coral da paróquia e do organista Carlos Afonso abrilhantaram, procedeu-se a uma curta procissão com os andores das imagens peregrinas de Nossa Senhora, e também a de Santa Cecília, padroeira dos músicos, e que a SAMB venera na sua sede. Procissão que São Pedro quis fosse regadinha, pois tradição é também um Maio com chuva, que na minha terra transmontana de Basto até se dizia: "Fraco é o Maio que não rompe uma crossa"
Resultado: o convívio e venda leiloada das ofertas que marcado para as 16h00 no olival da paróquia acabou por se fazer no Salão Paroquial. Tudo porque o tempo não ajudou, embora disso não dê a entender este vídeo que alude ao inicio da procissão.
Mais esclarecedor e sugestivo é este 2º vídeo que nos revela a fraqueza humana quando confrontada com as Forças da Natureza. Por vezes basta uma chuvada... mais forte para nos desviar da rota que Deus nos traçou....Aqui foi quase de repente, mal a procissão saiu a trovoada atacou e todo o mundo procura abrigo.
Alegres e bem dispostos os bajouquenses afluiram ao Salão onde as ofertas de Maio foram leiloadas e bem picadas sempre com o objectivo de servir a comunidade. E no fim houve concerto!
E aqui temos nós os artistas que sob direcção de um maestro muito dedicado e sabedor alegraram e animaram em tarde chuvosa o encerramento do Mês de Maria na freguesia e paróquia de Santo Aleixo.
No próximo dia 17 de Dezembro a Bajouca celebra o XXXIXº aniversário da sua elevação a freguesia, que desanexando-se da de Monte Redondo (Leiria), aconteceu em 1971. E logo a seguir, a 2 de Fevereiro de 1972, é criada a paróquia que para orago elege Santo Aleixo. É dada, então, pelos bajouquenses, a primeira grande prova de generosidade e unidade bairrista a quem de perto acompanhou o gatinhar da benjamim autarquia.Sede da Junta de Freguesia, Residência e Igreja Paroquial foram os três imóveis que marcaram o arranque desta terra em demanda do desenvolvimento hoje ali verificado e que contrasta pela positiva com aquela Bajouca anterior à década de 70.
Mas a generosidade dos bajouquenses não se resume apenas a servir a comunidade local, ela estende-se muito para além do seu espaço territorial como tem acontecido ao participar activamente nos projectos de solidariedades social tipo daqueles que o Verbo Divino tem vindo a levar a cabo. O mais recente destinou-se às vítimas do HAITI.
Num terreno que a comunidade paroquial adquiriu frente à igreja, foi montado há tempos o "forno do povo" que nas festas e convivios bajouquenses serve para fazer os assados ou cozeduras do pão que nessas ocasiões ali se consomem. Mas mais importante ainda é o papel que ultimamente este forno tem vindo a desempenhar sempre que os bajouquenses são chamados a participar em actos de solidariedade social, como foi o projecto para abrir um "furo de água" em Moçambique, e a reconstrução de uma escola, no Haiti. Nestas e noutras acções do género é evidente o generoso labor da equipa dos AMVD que têm no casal Ferreira Soares (José e Fernanda) os principais dinamizadores. Também no apoio às colectividades recreativas e culturais da terra estes dedicados bajouquenses dão o melhor de si, agora com o lucro das fornadas semanais, por eles cozidas, a reverter a favor da SAMB para compra de uma carrinha onde transportar os instrumentos musicais. Pois ao transportá-los em carros particulares corre-se um risco muito grande face à lei que rege os transportes. Temos assim que desta vez e durante algum tempo mais o forno do olival vai cozer a favor da SAMB. Bem merece e Santa Cecília agradece
Fundada em 27 de Outubro de 2002, a Sociedade Artística e Musical de Bajouca (SAMB) está sediada na Marinha do Engenho e tem como Presidente da Direcção, o bajouquense David Cabecinhas, e por Maestro da Banda, o Prof. Nelson Caetano.
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